Escolhendo a tipografia certa para o seu projeto
Você certamente já ouviu falar em tipografia e sabe que ela consiste no desenho de uma determinada família de letras. Mas você sabe escolher a fonte certa para harmonizar projetos de maneira eficiente?
Já vimos trabalhos com tipos bonitos, mas que no todo, não funcionavam. Isso porque, qualquer pessoa pode usar caracteres tipográficos e escolher boas fontes, no entanto, é preciso estudo para criar um projeto harmônico.
Segundo Oliver Reicheinstein, web design é 95% tipografia, mas independentemente do trabalho ser impresso ou digital, é muito importante gerar o equilíbrio gráfico geral, levando em conta a legibilidade, visibilidade, hierarquia, uniformidade e a personalidade, concorda?
Combinar textos com imagens parece fácil, mas não é. É preciso integrar forma e conteúdo, pensando na mensagem que os contornos de cada tipo, espaçamentos, serifas, adornos, entre outros detalhes vão passar ao público-alvo.
E não só isso. Escolher as plataformas e saber como os tipos vão funcionar em cada uma é essencial, afinal, se não forem corretos, todo o trabalho pode ficar comprometido.
Diversos projetos de branding deixaram marcas únicas e memoráveis no mercado, com embalagens, sites, mostruários de loja, capas de discos, entre outras superfícies e espaços bonitos e concisos e pode acreditar, a escolha certa da tipografia foi fundamental para o sucesso do projeto.
Alguns designers são especialistas em criar tipos, no entanto, produzir uma fonte completa e com personalidade é uma tarefa enorme. Até mesmo uma família pequena possui centenas de caracteres diferentes, e cada um deles requer muitas fases de refinamento.
Para facilitar seu trabalho listamos as principais famílias tipográficas e exemplos:
Serif ou Serifadas:
Elas contêm serifas, ou seja, pequenos traços e/ou prolongamentos em suas extremidades. Muito utilizada em textos corridos.
Exemplos: Times New Roman, Century, Georgia e Garamond.
Sans-Serif ou Sem Serifa:
Possui caracteres com hastes simples, sem nenhum tipo de adorno. Ideal para serem usadas em títulos e anúncios, pois transmitem clareza e organização.
Exemplos: Helvetica, Arial, Futura e Univers.
Cursiva:
Aproximam-se das fontes de escrita manual. Seus caracteres são inclinados e conectados. Elas são conhecidas também como Script ou Brush. Ideal para transmitir elegância, classe antiguidade.
Exemplos: Comic Sans MS, Lucida Handwriting, Brush Script e Blackadder ITC.
Gótica:
Conhecida também como Black Letter (letra negra), essa família possui caracteres rebuscados, no estilo medieval. Utilizada em citações de clássicos, infantis, góticos ou medievais.
Exemplos: OldEnglish e Goudy Text.
Fantasia:
Seus caracteres são puramente decorativos, compostos por enfeites, símbolos e desenhos, ideais para criar textos de festas, comemorações, quadrinhos etc.
Exemplos: Zebrawood Fill, Zipty Do, Papyrus e Cutout.
Fique por dentro de algumas curiosidades:
– A Helvetica foi criada na Suíça em 1957 e é uma das fontes mais populares do mundo;
– A Times Roman foi criada para um jornal londrino e é a fonte-padrão de muitos sites, porque grande parte dos usuários a possuem em seus computadores;
– A Verdana é uma fonte sem serifa projetada por Matthew Carter especialmente para a tela;
– A Georgia é uma fonte serifada de tela amplamente distribuída, tornando-se muito útil para a internet.
Quer identificar uma fonte para o seu projeto? Esses sites podem ajudar:
Referências:
Livro: Pensar com tipos – Ellen Lupton
https://ia.net/know-how/the-web-is-all-about-typography-period