Naming: a arte de escolher o nome certo para a sua empresa

Naming: a arte de escolher o nome certo para a sua empresa 1024 293 Sakada Design

Naming: o nome da marca

Antes da marca iniciar sua atuação no mercado, é preciso definir seu nome. Implementar um projeto de naming com consistência, que se comunique com os princípios e com o posicionamento da empresa é crucial para criar marcas fortes e duradouras.

O nome é a primeira associação efetiva da marca, é o primeiro contato com o público, o cartão de visitas, é o que vai determinar o share of mind (lembrança da marca na cabeça das pessoas) e ajudar a definir a atitude que a marca terá diante de seu público-alvo, portanto, pensar em um significado prévio é imprescindível.

Anote as principais dicas para alcançar um bom resultado:

  • Um nome forte pode ser um nome simples, elegante ou divertido;
  • Deve ser tratado como uma estratégia;
  • É necessário ter boa sonoridade e que seja de fácil leitura, escrita e memorização. As pessoas não devem se enganar na pronúncia;
  • Deve ser inédito. Pensar fora da caixa é o ponto de partida para diferenciar sua marca das já existentes no mercado;
  • Precisa ser lícito, neutro a problemas e verdadeiro quanto ao seu conteúdo;
  • As conotações ao nome escolhido precisam ser positivas, pois alguns podem remeter à situações embaraçosas;
  • É interessante que conte uma boa história para se adequar bem à identidade visual e possíveis campanhas;
  • Deve ser amplo, permitir outras possibilidades no caso de mudanças na empresa, e que permita também, a construção de extensões de marca.

Pode ser que o nome escolhido não obedeça a todas as características acima, mas quanto mais próximo ele chegar desse cenário, melhor.

Conheça as principais classificações de nomes:

Funcionais descritivos:

Descrevem claramente o tipo de serviço ou produtos oferecidos. O único objetivo é informar a todos qual é o negócio.

Exemplos: Banco do Brasil, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Telefonica.

Inventados ou fantasiosos:

Consistem em palavras inventadas, quando a intenção é criar algo totalmente novo, livre de associações. Esses tipos de nomes são mais fáceis de serem registrados e geralmente chamam a atenção, no entanto, será necessário um maior investimento em estratégias para que o consumidor associe o nome à marca.

Exemplos:

Xerox, Kleenex, Google.

Experenciais:

Baseados na experiência de utilização de um produto ou serviço, conectando o consumidor a algo real.

Exemplos:

Minute Maid, T.G.I Friday’s, Closeup.

Evocativos:

Evocam posicionamento da empresa, fazendo alusão à aspectos lúdicos e intangíveis da marca.

Exemplos:

Yahoo, Globo, Nike.

Patronímicos

São nomes de pessoas, seja do fundador, inventor ou dono da patente, do lojista ou de alguma outra pessoa associada ao produto/serviço.

Exemplos:

Colgate (William Colgate – 1804), Kellogg’s (John Harvey Kellogg – 1836), C&A (os imãos Clemens e August Brenninkmeyer – 1841).

Toponímicos

Remetem ao lugar de origem ou de atuação inicial da instituição.

Exemplos: Nokia, Marca Brasil, Estrada Real.

Artificiais

São onomatopéias, prefixos ou sufixos que se juntam a outras palavras para formar assim, nomes artificiais.

Exemplos: Lubrax, Petrobras, Accenture.

Abreviações

São adotadas quando o nome pretendido torna-se muito longo. Sendo assim, as abreviações de iniciais e não-iniciais facilitam a comunicação da marca.

Exemplos: TAM (Transportes Aéreos Marilia), Embratel (Empresa Braileira de Telecomunicações¸ Bradesco (Banco Brasileiro de Descontos).

Status

Esses nomes remetem à condições de status.

Exemplos:

Consul, Diamante Negro, Crown Pianos.

Vale seguir algumas etapas durante o processo de criação:

  • Briefing;
  • Brainstorming;
  • Triagem de nomes e seleção;
  • Análise oral e linguística;
  • Disponibilidade para domínios .com e .com.br;
  • Nova triagem e seleção de nomes;
  • Testes gráficos e simulações;
  • Busca online na base de marcas do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial);
  • Lista final para a escolha pelo cliente.

É preciso mostrar que a sua marca é diferente, única, inesquecível, que funcione como uma propaganda automática, sendo assim, a última coisa que você quer, é que o nome da sua empresa seja igual a de seu concorrente, por isso, não se esqueça de realizar a penúltima etapa: conferir no INPI se não há outra marca registrada com o mesmo nome no seu setor de atuação, se a URL está disponível no Registro.br.

Veja também alguns trabalhos de naming realizados pela Sakada:

Referências:

Livro: Naming – O nome da marca – Delano Rodrigues

Material: Curso de Branding do IED